A 20 de março comemora-se o Dia Internacional da Felicidade, instituído pela Organização das Nações Unidas, que defende a busca pela felicidade como um objetivo humano fundamental.
Proponho-lhe alguns segundos de reflexão para que resposta a esta pergunta: para si, o que é a felicidade?
Historicamente, o conceito de felicidade começou por estar associado aos desígnios dos deuses, até que, no século IV antes de Cristo, Sócrates atribuiu responsabilidade ao indivíduo no que concerne a esta procura. Aristóteles defendeu que o alcance de outros objetivos do indivíduo lhe traria a felicidade e o Iluminismo afirmou que a felicidade é um direito de todos. Mais recentemente, são muitas as possíveis definições de felicidade, mas é frequente encontrarem-se como pontos comuns: estado emocional positivo, sentimentos de bem-estar e prazer.
São vários os estados ou as experiências que podem levar à felicidade, como por exemplo a saúde, a segurança, o amor, a alegria, a resiliência, a saciedade, o prazer sexual, o otimismo, as viagens ou o convívio. Por outro lado, há emoções que diminuem a felicidade, como a tristeza, o medo, a raiva ou a ansiedade.
Certo é que a ausência de doença mental não é, por si só, a garantia de felicidade. Assim como o dinheiro, por si só, a roupa da moda, o consumo dos produtos mais divulgados ou a aparência física mais desejada também não o são!
A felicidade pode ser entendida como um estado de bem-estar subjetivo, através do qual, cada pessoa, individualmente, percebe a sua vida como uma experiência com significado e feliz.
A forma como cada indivíduo, internamente, entende as suas condições de vida e enfrenta os seus desafios, assume-se como fator determinante da felicidade, com um peso muito maior do que os fatores externos a si próprio.
Assim, deixo-lhe a proposta de substituir o objetivo de querer “ser feliz” a vida inteira, por ambicionar e buscar “estar feliz” em muitos momentos da sua vida.
Não procure a felicidade na comparação, nem em repetir comportamentos que não são seus, nem em fazer cópias.
Escute-se, observe-se, esteja consigo próprio e procure descobrir quais são os valores, as ocasiões ou as experiências que lhe trazem felicidade e cultive-os, alimente-os, faça-os crescer e solidificar.
Desejo-lhe muitos momentos felizes!